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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Os desafios de uma politica de multimodalidade

 
Os problemas logísticos vividos atualmente no Brasil são de conhecimento geral, todos os modais brasileiros vivem problemas crônicos, como as rodovias, aeroportos, hidrovias e portos, sem falar na malha ferroviária que é quase inexistente, dificultando, tornando moroso e principalmente custoso qualquer necessidade de transporte seja pela causa do comércio nacional ou internacional e até mesmo de bens particulares e pessoas.
 
As deficiências da infraestrutura logística brasileira permeiam todos os setores de transporte. Rodovias, portos e aeroportos sofrem com a falta de investimento, afetando a demanda e elevando os gastos. De acordo com o Banco Mundial, o custo da logística no Brasil equivale a 20% do PIB, o dobro dos países ricos.
 
E os desafios não se restringem apenas à falta de aportes em infraestrutura. A carência de um planejamento urbanístico das grandes cidades também tem impactado o setor. Principalmente nos faz falta uma politica integrada de mobilidade e logística, pois hoje os planejamentos, organogramas e investimentos são feitos por partes de acordo com o ministério ou órgão pertinente.
 
Falta integração
Por exemplo: portos são ampliados ou reformados pela Secretaria Nacional de Portos, todavia o aeroporto próximo essencial para a chegada de peças não tem condições de receber cargas e a rodovia que passa na cidade que o porto está instalado não é duplicada ou nem sinalizada, nem tampouco a cidade possui estrutura para um transito de caminhões ou uma retroaria necessária.
 
Ferrovias
Quando falamos em ferrovias o Brasil esta atrás de todos os países desenvolvidos e de muitos países em que o PIB é muito inferior ao nosso. De tudo que é transportado no Brasil, 58% vão por estradas e 28%, seguem por ferrovias. Nos Estados Unidos, o transporte é feito, sobretudo, por trens. Em todo Brasil são 28 mil quilômetros de malha ferroviária. Nos Estados Unidos, 10 vezes mais (280 mil).O problema brasileiro não é apenas a malha ferroviária pequena, mas a ociosidade dos trilhos. Menos da metade, 12 mil quilômetros, é usada com frequência.
 
Mobilidade e logística
Para resumir estima-se que em média essas dificuldades logísticas custam 30% a mais, custo que é repassado aos produtos transportados e aos consumidores finais.
 
Falaremos da mobilidade e da logística sem levar em consideração as variáveis que as influenciam diretamente, como a questão tributaria e fiscal, e principalmente pelo papel da Receita Federal ainda muito burocrática, sem critério uniforme e desidiosa, dando ao Brasil a 106.ª posição, em uma lista de 118 países, no processo de desembaraço aduaneiro em portos.
 
O Brasil demora 5,5 dias para liberar uma mercadoria. China e Índia, apenas para citar os grandes emergentes, despendem menos tempo – 3,5 e 3,4 dias, respectivamente. Em estudo sobre os aeroportos, conclui-se que, enquanto em Xangai o produto importado é desembaraçado em 4 horas, em Guarulhos demora 177 horas (oito dias) e no Galeão, 217 (10 dias).
 
Essa analise é pacifica entre todos os atores da área logística e comercial, entretanto a nossa intenção é buscar uma solução para o caso, evidente que não há magica para a solução de um problema secular, todavia se faz necessário iniciar um trabalho á médio prazo, de forma integrada, pois caso contrario, estaremos desperdiçando dinheiro publico, indo em confronto com os princípios da economicidade e da eficiência.
 
Governo Federal
O governo federal que detêm a grande parte dos recursos arrecadados com impostos é o grande responsável pelo financiamento das grandes obras de infra estrutura e mobilidade, todavia este faz de forma politica e sem planejamento, levando em considerando apenas o parceiro politico ou a visibilidade eleitoral da obra, desperdiçando dinheiro publico e não solucionando os problemas logístico.
 
Hoje o governo federal realiza obras através da secretaria especial de portos e através de outros ministérios, porém sem qualquer sincronia faltando ao Brasil um planejamento estratégico para o setor.
 
Como sugestão para o inicio de um organograma e planejamento governamental é prudente a criação de uma Secretaria de Logística que possa planejar as obras e principalmente a viabilidade econômica das mesmas, estudando o mercado internacional e domestico a economia regional e a relações de trabalho, assim como a viabilidade de financiamentos e uma articulação entre o setor produtivo, publico e trabalhadores.
 
Com isto, o país ganharia uma estrutura uniforme e competitiva, trazendo modernidade as estruturas de transporte e de produção, tornando o Brasil um pais competitivo, seja do ponto de vista econômico e de commodities, tornando-nos mais ágeis, econômicos e confiáveis.
 
1º Secretário da AURESC, Eduardo Assis
 
 

 



 
 

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